quinta-feira, dezembro 18, 2008

Receitas de Natal

Já é hora de programar a comilança de Natal... Continuo dizendo que Natal não é tempo de novidades, que Natal precisa ter perú e Papai Noel. Então, como já publiquei aqui em outros anos minhas receitas favoritas, convido o visitante a reler a minha homenagem à vovó Therezinha na receita de Pavê de Chocolate Natalino e ver a minha foto, bebê, no colo dela... Este pavê é muito simples de preparar e delicioso, e gosto de decorá-lo com pequenas bolinhas de Natal e fitas coloridas. Para o perú, tenho uma receita imbatível que ainda por cima faz o prato render prá muitos comilões (ou muitos dias de sobra depois) que é a de Perú Recheado. E, para quem tem um pouco mais de tempo, a receita de Bolo de Frutas da minha mãe é uma ótima opção!

E, como sempre digo, agora não é hora de se começar uma dieta! Então vamos aproveitar e comemorar o Natal como se deve.

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Nossa dança de Natal...

Clarissa, Flávio e Maya!

Send your own ElfYourself eCards


quinta-feira, novembro 27, 2008

Receita de bolo integral de maçã sem complicação


Esta receita encontrei em um dos meus sites favoritos, o 101 Cookbooks. É um delicioso bolo de maçã, não muito doce, que pode ser servido morno com uma colher de nata ou sorvete por cima... Polvilhei com açúcar orgânico, que é granulado e de cor champagne, mas pode se usar açúcar cristal comum. A receita original pede buttermilk, um tipo de leite azedo que não se encontra por aqui. Então, traduzi e adaptei a receita mostrando como fazer o leite azedo. A receita continua deliciosa, simples e sem complicação!

Bolo Integral de Maçã sem Complicação

Ingredientes:
2 xícaras de maçãs vermelhas, cortadas em cubos (com a casca)
2 1/2 xícaras de farinha de trigo integral
1 colher, de sopa, de fermento em pó
2 colheres, de chá, de canela em pó
1/2 xícara de açúcar mascavo peneirado (medir antes de peneirar)
1/2 colher, de chá, de sal
2 ovos
1 xícara de leite azedo*
1/4 de xícara de manteiga derretida - deixar esfriar um pouco
3 colheres, de sopa, de açúcar orgânico ou cristal

Preparo:
Pré-aqueça o forno a 200ºC. Unte e enfarinhe uma fôrma quadrada de 23cm - ou uma retangular, maior (neste caso, o bolo ficará mais baixinho e o tempo de cozimento será mais curto).

Coloque as maçãs cortadas em uma tigela com água e o suco de 1 limão. Reserve. Misture a farinha, fermento, canela, açúcar e sal em uma outra tigela. Separadamente, bata a mão os ovos com o leite azedo. Misture a manteiga derretida. Junte esta mistura líquida à mistura dos ingredientes secos e mexa apenas o suficiente para combinar os ingredientes - não mexa demais. Escorra as maçãs e misture delicadamente na mistura do bolo.

Coloque a massa na fôrma preparada, espalhando bem. Polvilhe com o açúcar orgânico ou cristal. Leve ao forno po 20 a 25 minutos ou até que o bolo esteja cozido no centro e dourado na superfície. Não asse demais - este bolo continua cozinhando um pouco depois de sair do forno.

* Leite azedo: misture 1 xícara de leite integral morno com 1 colher, de sopa, de vinagre de maçã. Mexa e reserve por alguns minutos. O leite ficará um pouco mais grosso e talhado.

domingo, novembro 09, 2008

Fim de semana especial


Viagens e trabalho me afastam deste blog de quando em quando, mas também há ocasiões em que aproximam. Em minha última viagem pude visitar a cozinha onde rola este papo. Na foto, o casal responsável por tudo. A comida é divina, o astral fantástico, mas mesmo para um fanático pelo garfo como eu a companhia supera a comida de longe!

quarta-feira, outubro 15, 2008

Mamma Mia, Maya e uma tarde de quase-verão

Hoje, assisti o filme Mamma Mia em casa, com a Maya. Acho que nunca vi um filme tão alegre, a Maya tem apenas 2 anos mas pulou do sofá e dançou, gritou e adorou o filme inteiro. Minha cena preferida é esta, quando a música contagia todas as mulheres e elas acabam cantando e dançando juntas, deixando os homens prá trás. Minha amiga Liz disse que lembrou de mim quando viu este filme, my dear Liz, you are really an amazing friend... you already know me so well! Thanks for telling me about this movie!

Bom, aqui está a cena, é linda.




segunda-feira, outubro 06, 2008

Receita de Canelone de Ricota e Espinafre

Tenho procurado maneiras de fazer minha filha, que tem 2 anos, comer mais verduras, e já que ela adora massas, faço lazanhas de berinjela e farfales com abóbora... um truque que funciona! Este é o canelone de ricota com espinafre mais simples do mundo, e muito mais saboroso do que qualquer canelone comprado pronto - fresquinho e feito em casa, tem coisa melhor?

(Uso o microondas para cozinhar o espinafre e para fazer o molho branco.)

Canelone de Ricota e Espinafre - da Clarissa

Ingredientes:
(para 4 pessoas)
300g (aprox. 12 canelones) de massa para canelone Barilla
400g de ricota
1/2 litro de leite
2 colheres, de sopa, de farinha de trigo
2 colheres, de sopa, de manteiga
1 xícara de queijo parmesão ralado
2 xícaras de espinafre cru, picado
sal e noz-moscada
leite

Preparo:
Coloque o espinafre picado em um refratário com tampa e leve ao microondas até cozinhar por 4 a 5 minutos. Reserve.

Esmigalhe a ricota em uma tigela. Acrescente leite para umedecer. Junte o espinafre cozido e tempere com sal e noz-moscada. Com um garfo, recheie os canelone (sem pré-cozinhar). Reserve.

Em uma jarra refratária, coloque a manteiga e derreta no microondas. Misture bem com a farinha e leve, novamente, ao microondas, por alguns segundos (30s) até começar a borbulhar. Misture o leite, aos poucos, mexendo sempre. Coloque no microondas até engrossar, aproximadamente 4 minutos, parando na metade do tempo para mexer - de preferência, com um batedor de arame, para não ficar empelotado. Tempere com sal. Reserve.

Em uma fôrma refratária, despeje metade do molho branco. Polvilhe com metade do queijo parmesão. Espalhe por cima os canelones já recheados. Cubra com o molho restante e polvilhe a outra metade de queijo. Regue com um fio de azeite.

Leve ao forno pré-aquecido médio (180ºC) por 40 minutos. Se tiver grill, após este tempo gratine por 5 a 10 minutos.

P.S. Maya está tomando posse da minha cozinha... agora é a geladeira que começou a ficar "enfeitada" e bem mais alegre! ;)



terça-feira, setembro 30, 2008

Receita de Galeto Assado com Limão

Adoro frango assado, especialmente se for galeto. Inventei esta receita e ficou sensacional. Daquelas prá se fazer quando se tem visita: é fácil, rápida, poucos ingredientes e impressiona. Eu faço com galetos - calculo 1 galeto para 2 pessoas - mas também pode ser feita com frango. Ah, é uma receita relativamente light, pois não usa manteiga ou margarina, só um pouco de azeite de oliva. Ou seja, perfeita!

Galeto Assado com Limão

Ingredientes
(para 4 pessoas)
2 galetos
3 dentes de alho
2 colheres, de sopa, de azeite de oliva
suco de 1 limão
3 colheres, de sopa, de tomilho
sal

Preparo
Esfregue sal em todo o galeto, inclusive na cavidade e por baixo da pele. Reserve. Misture os dentes de alho picadinhos, tomilho, suco de limão e azeite em uma tigela grande. Coloque os galetos nesta mistura e deixe marinar por 15 minutos, girando-os de vez em quando para temperar todos os lados. Com uma colher, despeje um pouco do tempero nas cavidades.

Passados os 15 minutos, escorra os líquidos em uma tigela. Transfira os galetos para uma assadeira e, com uma colher, separe um pouco do alho e tomilho da marinada e coloque-os debaixo da pele dos galetos e em seu interior. Descarte o líquido.

Leve ao forno pré-aquecido e quente, a 260º C, por 20 a 30 minutos ou até dourar a pele. Os galetos cozinham bem em forno quente, portanto é rápido. Se for usar frango ao invés de galeto, teste se o suco escorre claro (sem sangue) ao furar a carne com um garfo, para saber se já está bem cozido.

Sirva em seguida!


Yahoo! Avatars

quarta-feira, setembro 24, 2008

Arroz soltinho e carreteiro de primeira

Minha mãe sempre fez um carreteiro de matar. O arroz
de carreteiro, que nós sempre abreviamos ao falar aqui
no sul. Ao contrário do risoto italiano, em que buscamos
fazer com que o arroz solte amido formando aquele creme,
no carreteiro que aprendi a fazer com minha mãe a graça
era terminar com o arroz no ponto certo, mas bem "soltinho".

O arroz de carreteiro original, todos devem saber, é feito
com charque. Comida simples, de homem do campo. De preparo
rápido, usava ingredientes que podiam ser levados de um lado
para o outro sem refrigeração. Atualmente, nós chamamos uma
ampla variedade de receitas de carreteiro. Com filet
mignon
, alcatra, coxão de dentro, ou, meu favorito,
de sobras de churrasco.

Gosto de preparar o meu de modo bem simples: um refogado
básico, a carne, o arroz e água que dê. Aí vem o segredo:
após adicionar o arroz lavado à panela e completar com água,
NÃO SE MEXE MAIS EM NADA! Melhor: retire todos da cozinha,
não toque mais no fogão, não se fala alto na casa!
Acompanhe o cozimento a olho, levantando a tampa da panela
(que deve deixar uma fresta para o vapor do cozimento em
fogo baixo sair) delicadamente. Se faltar água, acrescente
somente o necessário, o ponto do arroz é fundamental.
Seguir estas orientações nada exatas não é tarefa
simples, mas esta é uma daquelas situações em que a
experiência se sobrepõe à receita escrita.

Aí... bem, aí veio o casamento e uma filha. Uma dupla que
gosta de arroz "emboladinho". Carreteiro "molhadinho".
Arroz tipo "unidos venceremos". Toda aquela técnica,
transmitida por gerações, subitamente caiu em desuso.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Ostara, Perséfone e uma receita de flan de Jasmim

A primavera começa hoje, às 12:44 desta tarde. É o equinócio de primavera, quando o Sol está diretamente acima do equador, fazendo com que a noite o dia tenham duração igual. Na tradição pagã, o primeiro dia da primavera é Ostara, um Sabbat que simboliza o equilíbrio, momento de união entre a deusa Lua e o deus Sol. Deste dia em diante o dia dominará a noite, ou seja, os dias serão maiores que as noites. Os antigos pagãos costumavam acender fogueiras na noite de Ostara, para que o brilho do fogo trouxesse a fertilidade para a Terra e a segurança para seus lares, iluminando o caminho para que o Sol pudesse retornar à Terra.

O mito de Perséfone e a orígem da Primavera


Quem conta esta história é Homero, no século VII A.C.

Em um tempo muito antigo, era sempre Primavera. deméter, a deusa da fecundidade dos campos, passava o ano todo a cobrir a terra de verduras, flores e frutos. Os campos eram sempre verdejantes e as flores nunca murchavam. deméter era uma das esposas de Zeus, pai de todos os deuses e, com ele, tinha uma filha chamada Core. A jovem costumava brincar com as outras ninfas nos campos floridos. Um dia, atraída pelo perfume do narciso, Core afasta-se das companheiras e debruça- se para colher um botão que floria na borda de um penhasco. Nesse momento a terra se abre e surge da fenda o deus da morte e do mundo subterrâneo, Hades, que a carrega, apesar de seus gritos, em seu carro puxado por "imortais cavalos", para Hades, seu reino. Perséfone grita pedindo a Zeus que a salve, sem suspeitar que o rapto tinha sido tramado por ele mesmo e por Hades, seu irmão. Do fundo de sua gruta, Hécate, deusa da sombra e da tênue luz da lua, nada vê, mas ouve o grito de Core.

Durante 9 dias, deméter procura por sua filha, em vão. Na aurora do décimo dia, Hécate vem a seu encontro e diz à deusa inconsolável que sabia que sua filha tinha sido raptada mas não sabia por quem. Juntas, vão perguntar ao Sol, o deus Hélio, que tudo vê no seu curso pelo céu. O deus resplandecente conta que Perséfone tinha sido dada por Zeus a Hades para ser sua esposa e rainha do reino dos mortos, e volta para as alturas no seu carro de luz, deixando imersa em escuro desespero a deusa Deméter.

No mundo subterrâneio, Core recebe o nome de Perséfone.

Deméter abandona o Olimpo e vai para a cidade dos homens. Em toda a Terra, os campos secam e as plantas começam a murchar. As sementes não brotam mais. Zeus percebe que os homens estão perecendo pela fome e que, deste modo, não haverá mais oferendas e sacrifícios para os deuses. Os outros deuses vêm, então, suplicar à Deméter que volte ao Olimpo e cubra a Terra de fertilidade novamente. Mas ela declara que nenhuma semente brotará enquanto não lhe for devolvida Perséfone.

Finalmente, Zeus envia Hermes, o mensageiro, filho de Maia, ao Hades para pedir ao senhor dos mortos que concorde em ceder a esposa à sua mãe.

Hades dá seu consentimento; Core, exultante, prepara-se para partir. Na despedida, o marido pede-lhe que coma com ele alguns gomos de romã. Depois de compartilharem a fruta, Perséfone salta no carro dourado de Hermes e, "puxados por cavalos de longas asas" atravessam os mares, os picos das montanhas, e chegam ao bosque perto do templo. Mãe e filha correm em direção uma a outra e abraçam-se numa alegria sem limites. Subitamente, Deméter suspeita de um embuste e pergunta à filha se tinha comido alguma coisa enquanto estava no mundo subterrâneo. Perséfone lembra-se de ter partilhado a romã com o marido, e sua mãe sabe então que só a terá de volta por dois terços do ano. Um terço a filha terá que passar com Hades no reino dos mortos. Por isso durante uma terça parte do ano tudo seca e morre na natureza. E todos os anos, quando Core volta, tudo volta a brotar. Sua volta traz a primavera - sua mãe cobre a terra de flores.

Receita de Flan de Jasmim

Encontrei esta receita em um livro de Alain Ducasse, perfeita para a celebração da Primavera. É muito simples, uma variação perfumada do crème brullée, feita com chá de jasmim.

Ingredientes:

1 1/4 xícara de creme fresco
3 colheres, de sopa de leite
2 colheres, de sopa, de folhas de chá de jasmim (ou dois saquinhos)
1/2 xícara de açúcar
4 gemas de ovos grandes
1/3 de xícara de açúcar mascavo, peneirado

Preparo:

Misture o creme e leite em uma pequena panela e coloque no fogo até a fervura. Adicione o chá e remova do fogo. Cubra e deixe em infusão por 15 minutos.

Pré-aqueça o forno à temperatura baixa (150º C). Coloque 4 potes de sobremesa, reflatários, ou ramequins em uma assadeira. Reserve.

Bata o açúcar com as gemas até obter um creme espêsso amarelo-claro. Passe por uma peneira. Bata novamente, adicionando gradualmente o creme já perfumado pelo chá de jasmim. Coloque nos potes de sobremesa, enchendo-os até 3/4 de sua capacidade. Coloque a assadeira no forno e despeje água dentro dela, até a metade da altura dos potes. Asse por 40 a 45 minutos, até que os flans estejam firmes. Remova do forno e tire os potes da assadeira, deixando-os esfriar completamente.

Para servir, polvilhe açúcar mascavo sobre os flans e leve ao grill do forno por alguns minutos até que o açúcar derreta. Deixe esfriar por um minuto, decore com pequenas flores frescas e sirva.

(Imagem: "O Retorno de Perséfone" por Lord Frederic Leighton, 1891)

sábado, setembro 20, 2008

Risoto na espera

Fiquei fã de risotos depois que aprendi a preparar
o prato com arroz arbóreo, o arroz tipo italiano que
agente vê nos supermercados. A receita que li está
no livro do José Hugo Celidônio, Histórias e Receitas.
A Clarissa já escreveu sobre a técnica do risoto,
não vou repetir aqui. O que quero comentar é a dica
que o próprio Celidônio dá, quando descreve a receita,
de como interromper o preparo. No momento que o
risoto está quase pronto, e só o treino ensina o
instante exato, logo após acrescentar mais um pouco
de caldo de galinha, agente apaga o fogo. O arroz
ainda cozinha um pouco mais e absorve o caldo
enquanto "espera", mas fica num ponto em que é
possível preparar um complemento para a receita
sem atropelos.

É o momento de incrementar o prato. Camarão, por
exemplo, vai muito bem. Basta passar uns 500 g de
camarão graúdo no azeite de oliva com uma pitata
de sal e de pimenta do reino e despejar o conteúdo
na panela com o arroz. Misture tudo em fogo baixo,
até que o arroz absorva o excesso de líquido.

Frutos do mar vão muito bem: mexilhões, lula...
A próxima que vou experimentar é com salmão
defumado.

domingo, setembro 14, 2008

Fettucini com salmão defumado

Outro dia, correndo pelo supermercado, atrasado,
tendo que preparar um jantar rápido para as meninas,
resolvi recorrer àquela massinha rápida que
sempre faz sucesso nestas horas. A idéia era
preparar um fettucini com requeijão e cogumelos.
Para não repetir a receita de sempre e escutar aquele
“de novo” de minha filha, passei no balcão de congelados
e comprei 100 g de salmão defumado. Não ficou mal...

Aí vai:

100 g de salmão defumado cortado em tirinhas
cogumelos frescos (+/- 500 g)
um copo de requeijão
um punhado de cebolinha verde
¼ de cálice de um bom vinho branco
azeite de oliva
pimenta do reino
uma pitada de sal
fettucini Barilla


Corte a cebolinha e jogue-a no azeite quente em uma frigideira.
Imediatamente, acrescente os cogumelos fatiados. Dê uma boa
virada nos cogumelos, acrescente o vinho, o sal e a pimenta
e deixe-os cozinhar um pouco. Os cogumelos liberam água
rapidamente e encolhem à metade do tamanho em minutos.
Quando a mistura houver se reduzido um pouco, baixe o fogo
e acrescente o requeijão. Apague o fogo e adicione o salmão.

O fettucini, é claro, já deve estar à mão, cozido em água com sal,
al dente e escorrido. É só despejar o molho por cima e arrumar
o prato. Um bom chadornnay acompanha maravilhosamente bem.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Receita de... Chimarrão!

Preciso admitir que sou uma gaúcha desnaturada: esqueci como se faz chimarrão! Há muitos anos não tomava, muito tempo longe da minha terra... Então, escrevi pro Gom pedindo ajuda. Ele me mandou uma mensagem explicando tudo e me salvou da vergonha de ter muitas cuias em casa e não saber preparar mais o mate! Aqui está, então, a mensagem dele na íntegra, para quem quiser experimentar esta bebida tipicamente gaúcha ou para os gaudérios mais esquecidos, como eu.

Receita de chimarrão (do Gom)


"O mate. Atenção aos detalhes!

A quantidade de erva. Enche até o ponto em que a cuia se estreita, antes de abrir a boca.

Inchar a erva. Tampa a cuia com a mão e deita ela para um lado, acomodando a erva em uma metade. Endireita cuia lentamente quando fôres colocar água, para que o morrinho não caia muito. A quantidade de água para inchar é um fator importante. De menos, não incha. Demais, entope a bomba por motivos transcendentais que não posso explicar neste espaço. Quando ponho água fria (Atenção, chimarrão se incha com água fria! Em temperaturas sub zero graus, admite-se uma água morna.), é direto da torneira, um jatinho leve que leva 3 segundos para encher a cuia. Deixa a cuia descansando por uns 5 minutos. O tempo dependerá da erva. Ao final, a água deve ter praticamente desaparecido, ou ficado muito pouquinho no fundo.

Colocando a bomba. Tapa o bocal com o polegar e acomoda a bomba no lado vazio da cuia. Destros deixam o lado direito (bomba em direção ao gaudério) para poder encher a cuia usando a mão direita na térmica.

Servindo a primeira cuia. A temperatura da água É MUITO IMPORTANTE. Mate quente demais não tem gosto de mate. Uma cuia só com água fervendo já "lava" o conteúdo, com se diz. A água deve estar em uma temperatura que em que possa ser tomada confortavelmente. Isto significa que o primeiro mate será frio e forte. Como gaudério é machista, e nada politicamente correto, nunca deixa a prenda tomar o primeiro. Bagual que é bagual, engole o amargo com um sorriso. Há quem cuspa os primeiros goles, mas nunca mais aparece no bolicho de vergonha.

Com faço isso todos os dias, posso estar até meio dormindo. Já percebo se a água esquentou muito no primeiro gole e ponho um pouquinho de água fria na térmica antes de servir a segunda cuia. Não vale aquele ditado que a água pro chimarrão deve apenas chiar. Se já está chiando, já está quente demais. Não esquece que estes ditos são pré era da térmica. A chaleira deixa a água esfriar muito rapidamente.

O treino leva a perfeição, gafanhota. Portanto, mãos à obra!"

segunda-feira, setembro 01, 2008

Receita: Cheesecake de cereja

Estou de volta: tirei férias do blog sem perceber! Nos últimos tempos, estive bastante ocupada em um site americano de relacionamento entre mães, do qual participo, e que vai fechar definitivamente agora em Setembro - foi vendido para uma grande multinacional. Eu e minhas amigas americanas virtuais ficamos em pânico por alguns dias até que, finalmente, começamos a transferir nossas "trouxinhas virtuais" para um outro site de relacionamento e, só agora, estamos mais calmas, nos sentindo em casa novamente. Hora de dar uma arrumadinha na minha cozinha, que ficou abandonada!

A semana começou bem, abri meu e-mail e vi que recebi de um amigo, Guilherme, uma poesia e uma música, que me inspiraram para publicar esta receita. É receita do livro da Nigella Lawson - Nigella Express (que ganhei na semana passada, do Gom, como presente de aniversário). A Nigella diz que é uma receita "arrebatadora" e eu, particularmente, acho passional e sensual - tudo a ver com a poesia e música que recebi hoje pela manhã ("E logo ela é só flama, inteiramente." LINDO!). E pecaminosa também, já que tem uma boa quantidade de calorias. ;)

E para meu querido amigo Oliver Pickwick, que andou reclamando de só comer lazanha fria (tens razão, estou até com vergonha...) digo que esta receita é digna de um espartano: tão fácil e rápida de fazer que nem vai no forno, usa geléia pronta, e é um espetáculo para os olhos. Portanto, espero que experimentes também! Deve combinar muito bem com aquele ritual de café que me ensinaste.

Gom: tiro o chapéu para a Nigella, o livro é demais! E vamos à receita!



Cheesecake de Cereja

Para a cobertura deste cheesecake, use geléia de cereja pronta. Existe uma marca francesa de geléias sem adição de açúcar, que se compra aqui no Brasil no supermercado, que é perfeita para esta cobertura: as cerejas são inteiras e muito saborosas. Não use cerejas em conserva ao maraschino como substituto, pois é muito diferente.

Ingredientes:

(6 a 8 porções)

125 g de biscoito maisena
75 g de manteiga amolecida
300 g de cream cheese
60 g de açúcar de confeiteiro
1 colher, de chá, de essência de baunilha
1/2 colher, de chá, de suco de limão
250 ml de creme de leite fresco
1 vidro (284 g) de geléia de cereja

Preparo:

Bata os biscoitos no processador de alimentos até que esfarelem (ou no liquidificador). Junte a manteiga e bata de novo até que virem uma massa compacta (se usar o liquidificador, misture a manteiga com os biscoitos esfarelados com a mão, em uma tigela).

Pressione esta mistura no fundo de uma fôrma redonda com fundo removível de 20 cm de diâmetro. Pressione bem os lados para que eles fiquem um pouco mais altos do que o fundo.

Bata juntos o cream cheese, o açúcar, a essência de baunilha e o limão, até a mistura ficar cremosa.

Bata o creme de leite e junte-o à mistura de cream cheese. Espalhe sobre a base de biscoitos e alise com uma espátula. Deixe na geladeira por 3 horas ou de um dia para o outro.

Na hora de servir, desenforme a cheesecake e espalhe por cima a geléia de cereja.

segunda-feira, julho 07, 2008

Receita de Lasanha Zás-trás (ou lasanha da Clarissa)

Não tenha preguiça de fazer lasanha... é fácil, é rápido! E uma delícia! Aí vai a minha receita de lasanha de última hora, pode-se deixar montadinha com algumas horas de antecedência (desde que os ingredientes estejam todos frios, para que o queijo não estrague) e colocar no forno 40 minutos antes de comê-la. Acompanhe com uma salada e pronto!

Lasanha Zás-trás

Ingredientes:
(para 4 pessoas)

1/2 litro de leite integral
2 colheres, de sopa, de farinha de trigo
2 colheres, de sopa, de manteiga
1 xícara de frango cozido e desfiado
1/2 xícara de tomates em lata, picadinhos e com o caldo
250 g de queijo mussarela, ralado
massa para lasanha "grão duro" Barilla (não adianta, esta é a melhor mesmo e a que funciona) o quanto baste (mais ou menos 200 g ou 1/3 do pacote)
noz-moscada, orégano, sal e azeite

Preparo:

Molho branco: no microondas, derreta a manteiga. Misture a farinha e leve, novamente, ao microondas até borbulhar levemente (alguns segundos). Misture o leite e sal a gosto, mexendo bem. Leve ao microondas por mais ou menos 5 minutos, até engrossar, mexendo a cada 1 ou 2 minutos para homogeneizar a mistura. Use um batedor de arame para não formar grumos. Retire do microondas e tempere com noz-moscada.

Montagem: coloque um pouco do molho branco no fundo da assadeira. Espalhe folhas de massa (sem pré-cozimento se utilizar a Barilla, se não usar eu não me responsabilizo). Cubra com frango desfiado, orégano e algumas colheres do tomate em lata. Coloque mais massa, faça a próxima camada de molho branco e queijo mussarela. (Se o molho branco estiver muito grosso - provavelmente estará - misture um pouco de leite frio porque o molho precisa estar um pouco líquido para cozinhar a massa.) Vá acrescentando mais camadas, até utilizar todos os ingredientes, sendo duas camadas de frango com tomate e orégano e as outras de molho branco com queijo. Termine a lazanha com molho branco e queijo por cima. Coloque um fio de azeite e um pouco de orégano nesta cobertura. Leve ao forno, com a fôrma descoberta MESMO, a 200º (forno médio) por 40 minutos, mais ou menos, ou até o queijo estar dourado e o molho borbulhando. Sirva em seguida.

Variação: substitua o frango desfiado por carne moída e cozida ou por presunto, blanquete, perú defumado.

terça-feira, julho 01, 2008

Dança de domingo

Dançamos, neste domingo, no nosso novo local de aulas. Como ciganas, podemos dançar em qualquer lugar (mesmo que nos expulsem, ha!) A maneira com que o masculino lida com o feminino anda patética: o simpático senhor que nos expulsou do salão de danças do condomínio, obviamente, não teve o respeito nem a coragem de falar conosco. Usou de um poder ilusório, provavelmente, porque não possui mais poder nenhum. (E tem muito homem que não sabe falar com mulher, isto não é incrível?) Nossa resposta a isto é dançar, bater os pandeiros e sermos felizes!

quinta-feira, junho 26, 2008

Blessed

Nasceu ontem à noite, em Porto Alegre, meu sobrinho. Seja bem-vindo! I know you'll be blessed.

Blessed
(Elton John)

Hey you, you're a child in my head
You haven't walked yet
Your first words have yet to be said
But I swear you'll be blessed

I know you're still just a dream
Your eyes might be green
Or the bluest that Ive ever seen
Anyway you'll be blessed

And you, you'll be blessed
You'll have the best
I promise you that
I'll pick a star from the sky
Pull your name from a hat
I promise you that, promise you that, promise you that
You'll be blessed

I need you before I'm too old
To have and to hold
To walk with you and watch you grow
And know that you're blessed

sexta-feira, junho 20, 2008

Solstício de Inverno - Yule

Hoje é a noite mais longa do ano, o Solstício de Inverno. Na tradição Pagã, ocorre a festa de Yule


Yule é a celebração da vitória do Rei do Carvalho (Rei Sol) sobre o Rei do Azevinho (Senhor das Sombras) porque a partir desta data os dias começam a ficar cada vez mais longos novamente, até o verão. Este Sabbat representa o retorno da luz, quando a Deusa dá nascimento ao Deus Sol e as esperanças renascem, pois ele trará calor e fertilidade à Terra. Nesta data, os antigos Druidas colhiam o visco, considerado mágico e com poderes de cura.

Celebrar o Solstício de Inverno é reafirmar a continuação dos ciclos da vida, pois Yule é o tempo de celebrar o espírito da Terra, pedindo coragem para enfrentar os obstáculos e dificuldades que atravessaremos até a chegada da Primavera. É momento de contar histórias, cantar e dançar com a família, celebrando a vida e a união. E de se acender fogo - fogueira, velas - como elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para a nossa vida, corações e mentes.

Para quem está em sintonia com a natureza e as forças divinas que existem dentro de nós, que esta seja uma linda noite de Yule e que o retorno da Luz ilumine as nossas vidas! Eu, vou dançar música cigana em torno da fogueira, junto com a Maya, e celebrar!



No ritual Pagão, se leva para dentro de casa uma árvore verde para que os espíritos da Natureza tenham um lugar confortável para passar o Inverno. A árvore é decorada com sinos, estrelas e sóis. A casa é decorada com azevinho e guirlandas. Presentes para os espíritos da Natureza são colocados aos pés da árvore.
(Alguma semelhança com outra festa conhecida?) Muitos dos costumes de Yule foram absorvidos pela Igreja Cristã, quando o Catolicismo tentava se estabelecer na Europa. Desta forma, há muitas práticas Cristãs que possuem orígens essencialmente Pagãs. No hemisfério Norte, a festa de Yule ocorre por volta do dia 21 de Dezembro, o solstício de inverno no Norte, época de Natal. A comemoração do Natal, então, tomou emprestado muito da simbologia Pagã associada à festa de Yule, como a árvore de Natal decorada, a estrela, o azevinho, as guirlandas e a Tora de Yule, as cores verde, vermelho e dourado, a celebração com nozes e bolos de frutas - tudo isto, símbolo de bruxaria. Afinal, a tradição Pagã é milenar, portanto muito anterior ao Cristianismo. Há um bom artigo sobre isto na Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Yule)

quinta-feira, junho 19, 2008

Receita de Massa da Júlia

Comi esta massa na casa de uma amiga e gostei muito da idéia. Fiz hoje, aqui em casa, e foi um sucesso. É uma receita simples, o perfeito mata-fome: rápida, poucos ingredientes que provavelmente já estão na geladeira, nutritiva mas sem muitas calorias.

Massa estilo pizza:

Ingredientes: (para 4 pessoas)
500 g de massa com ovos formato tagliatelle (ninhos)
2 tomates pequenos, cortados em cubinhos
1 cebola pequena cortada em mini-pedaços
250 g de mussarela, ralada no ralo grosso
manjericão
orégano
azeite de oliva


Preparo:
Cozinhe a massa em água com sal, até ficar cozida porém resistente. Escorra e coloque em um refratário, misturando com azeite, tomate, cebola e manjericão. Cubra com a mussarela ralada, orégano e regue com um fio de azeite. Leve ao forno até derreter o queijo ou, ainda melhor: se tiver um forno com grill, coloque para gratinar.

Para uma versão mais incrementada, misture rodelas de calabresa (passadas antes na frigideira para dourar), ou azeitonas picadas, ou alguns cubos de queijo gorgonzola.

domingo, junho 15, 2008

Um doce domingo!

Esta sou eu, muito concentrada, comendo um pão de mel que ganhei de minha amiga Leila!


Leila e eu fazemos dança cigana juntas aos domingos. Hoje, depois da aula, ela distribuiu estes FANTÁSTICOS pães de mel feitos por ela. Sou doida por pão de mel, guardei o meu para a sobremesa. Meu marido fotografou o meu momento de intimidade com o doce, e isto me fez pensar mais uma vez em como a comida fica impregnada da energia e da intenção da cozinheira. Já falei disto em outro post, citando Santa Teresa de Ávila e seu conceito de "cozinha sagrada". E quem não lembra da "Festa de Babette" ou de "Como Água Para Chocolate"? Os ciganos também, em sua cultura, consideram que o humor da cozinheira afeta a comida e "mulheres de mau humor" não devem cozinhar. Assim, o doce que a Leila fez e distribuiu hoje para as amigas foi inesquecível, pois era realmente delicioso e parecia estar carregado de alegria e amor. É uma coisa prá se pensar, toda vez que entramos na cozinha: qual é a nossa intenção?

quinta-feira, junho 12, 2008

Lust - porque hoje é Dia dos Namorados...

Recebam Oxum, Afrodite, Lilith, ouçam Tori Amos cantando Lust à luz de velas e incenso, porque hoje é Dia dos Namorados! Não fiquem na cozinha: um salmão grelhado com um pouco de shoyu, arroz branco quentinho com gergelim moído por cima, saquê ou vinho branco, chocolate com morangos, precisa mais? Aproveitem! E inspirem-se:


"Lust"

Hey you gender nectar
Sifting through the grain of gold
Tripping at your door is that you.
Alpha in her blood
And when the woman lies
You don't believe her
Rolling and unrolling
Coiling emerging
Running free
Running through the underworld int your room

Is he real or a ghost-lie
She feels she isn't hear
And the veil tears and rages till her voices are remembered
And his secrets can be told

Hey you gender nectar
Crystalline from the vine
You know you'll drink her
Rolling and unrolling
Coiling emerging
Funning free running through
The afterworld intoyour room
So she prays
For a prankster and lust
In the marriage bed
And he waits till she can give
And he waits and he waits

quarta-feira, junho 11, 2008

Ritual de Café para o dia dos namorados!

Ah, estava eu chegando de mais um passeio noturno de bike (em uma noite estrelada e sem lua), quando encontro em minha porta uma caixa endereçada a mim, vinda do Condado de Deux Chevaux - para quem não sabe, um lugar mitológico, como Avalon (sem as brumas), Atlantis (sem a água) ou Sbørnia (onde se dança o Copérnico, mas esta só os gaúchos sabem onde fica). Mas, voltando a vaca fria, a caixa me foi enviada pelo famoso Oliver Pickwick, morador ilustre desta cidade que, apesar de mitológica, aparentemente tem correio e internet. Dentro da caixa havia uma carta, escrita em computador, e uma fita cassete - contrastes de Mr. Pickwick, cuja idade é um mistério, alguns dizem que é apenas um guri, outros, Matusalém. Eu acho que é um pouco de cada, depende de quem olha. Busquei um gravador no meu sótão, literalmente cheio de aranhas, e ouvi a fita: havia duas músicas. A carta continha lucubrações interessantíssimas, entre elas a descrição de um Ritual de Café, que achei muito apropriado para o Dia dos Namorados de amanhã. Segue trecho da carta de Mr. Pickwick:

"[Este é] um ritual que inventei há certo tempo, com a utilização de uma xícara de café e uma dose de Curaçao Blue. O café pode ser expresso (tenho uma máquina doméstica em casa), ou o café de coador. Neste caso, eu esquento o pó numa panela com bordas baixas, rigorosamente seca. É uma simulação do ato de torrar o café numa fazenda. É preciso cuidado para não queimá-lo. Quando exalar o cheiro típico de café torrado, você pode coá-lo. Em seguida, você vai bebendo aos poucos, até a metade da xícara. Daí em diante, você alterna, um gole de café, outro de Curaçao Blue, tendo o cuidado de que ambos terminem ao mesmo tempo. Dá um toque refrescante aos goles de café. Você pode substituir o licor por outro de sua preferência, mas, se estiver apaixonada, o Curaçao Blue é fundamental por causa da belíssima cor azul-turquesa, um convite ao romance e às coisas do amor.

Como playback time, sugiro uma balada jazística das décadas de 30 ou 40. Estou lhe enviando My Funny Valentine e The Way You Look Tonight. Ambas são perfeitas para este ritual.

Além disso, também pode acrescentar conversas sobre Avalon, Myfair, Lilith, Merlin, e histórias celtas de encantamento e magia."

Perfeito! E o que seria de um ritual sem a música? A versão que ele me enviou de "My Funny Valentine" é maravilhosa, cantada por Matt Damon no filme "O talentoso Ripley". Encontrei um clip no youtube desta exata versão, vale a pena dar uma olhada:




E feliz Dia dos Namorados!

(Para conhecer Mr. Pickwick e um pouco do Condado, acesse O Melhor Blog Sobre Nada.)

domingo, junho 08, 2008

Receita de Panquecas de Frango com Laranja

Esta receita vi em um programa de culinária há muitos anos atrás (uns 15!), apresentada pelo Sílvio Lancellotti. É uma de minhas receitas preferidas, não consegui descobrir se ele publicou em algum lugar e não a encontrei na internet, por isto resolvi colocar aqui. Como já fiz inúmeras vezes nestes anos, posso tê-la alterado um pouco... vale a pena experimentar, pois é especial. Muito fácil e pode ser preparada com antecedência, deixando prá se colocar o molho na hora de levar ao forno, para não empapar as panquecas.

Panquecas de Frango com Laranja

Ingredientes (para 4 pessoas):

Para o recheio:
1 xícara de peito de frango cozido e desfiado
1 lata de ervilhas, escorrida
1 xícara de presunto cortado em cubos
1 xícara de suco de laranja natural não-adoçado
1 lata de creme de leite
1 colher, de sopa, de alecrim picadinho
queijo parmesão a gosto

Para as panquecas:
1 ovo
1 copo de leite
cerca de 10 colheres de sopa de farinha de trigo
1 colher de sopa de óleo

Preparo:

Panquecas:
Misture o ovo e leite no liquidificador. Vá acrescentando a farinha, aos poucos, até atingir a consistência de leite condensado (este é o melhor ponto para massa de panqueca!). Unte com o óleo uma frigideira média, anti-aderente. Deixe aquecer bem no fogo. Despeje uma concha rasa da mistura de panqueca. Quando a superfície começar a secar, vire a panqueca com o auxílio de uma espátula. Cozinhe por 1 ou 2 minutos, até dourar. Faça outras panquecas, todas iguais e de tamanho pequeno, até terminar a massa, calculando mais ou menos 2 por pessoa. Reserve.

Recheio:
Em uma tigela, misture o frango desfiado, as ervilhas e o presunto. Misture creme de leite apenas o suficiente para ligar a mistura. Tempere com sal. Recheie as panquecas, igualmente, colocando-as em uma forma refratária previamente untada com um fio de óleo de oliva. Reserve. Em uma jarrinha, misture muito bem o suco de laranja com o restante do creme de leite, alecrim e tempere com sal a gosto. Regue as panquecas com esta mistura, polvilhe queijo parmesão por cima, um fio de azeite de oliva e leve ao forno para gratinar. Sirva com arroz branco.

terça-feira, maio 27, 2008

Receita de Bruschetta com Tomates e Atum


Bruschettas são torradinhas italianas com alguma cobertura. Facílimas de fazer, acompanham muito bem um vinho tinto, cerveja muito boa ou ainda uma caipirinha. Podem ser aperitivo ou até um almoço - com uma salada verde, fica excelente! Considero um prato light, pois não leva maioneses ou queijos e ainda podem ser feitas com atum em lata na água (e não no óleo) o que reduz bastante as calorias e a gordura.

Sempre fizeram muito sucesso na minha cozinha!!!

Bruschettas com Tomates e Atum

Ingredientes:

(6 pessoas)

1 lata de atum em pedaços ou inteiro (não use o ralado)
2 tomates médios, sem sementes, cortados em cubos
1/2 cebola roxa, cortada em rodelas finas
2 colheres, de sopa, de azeite de oliva
1 pimenta vermelha, picadinha (opcional)
8 folhas de manjericão, picadas (pode ser manjericão seco)
sal
6 fatias de pão italiano
1 ou 2 dentes de alho, descascados

Preparo:

Escorra e pique o atum em pedaços grandes. Misture com os tomates, cebola, azeite, pimenta e manjericão. Tempere com sal. Deixe descansar por, no mínimo, 20 minutos em temperatura ambiente para que os sabores se misturem. Pode ser guardado na geladeira por até 3 horas, depois disto o tomate começa a ficar muito mole.

Aqueça uma chapa para grelhar ou frigideira grande, anti-aderente. Coloque as fatias de pão,
torrando dos dois lados. (Pode ser feito no grill do forno.) Retire as torradas da chapa e esfregue o dente de alho na superfície, generosamente.

Cubra cada bruschetta com a mistura de atum e tomates. Sirva imediatamente.

domingo, maio 25, 2008

Santa Sara Kali, padroeira dos ciganos


Conta a lenda que, após a morte de Jesus, Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões. Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar.

Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.

Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias. Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio.

Sara está ligada a história das tradições cristãs da idade média e nunca foi canonizada pela igreja católica, tornando-se uma santa de culto local.

Alguns estudiosos consideram que a orígem do povo cigano é indiana e o culto à Santa Sara está relacionado ao culto da deusa indiana Kali. Mais uma vez, os mesmos arquétipos aparecem em culturas e tempos diferentes.

Ontem, dançamos em honra de Santa Sara e, hoje, acendemos aqui uma vela virtual para esta protetora dos ciganos! Salve Santa Sara!

segunda-feira, maio 19, 2008

Lua de Vesak


Na lua cheia do mês do signo de Touro é realizada a celebração máxima do Budismo, o Festival de Vesak. Neste ano, a Lua de Vesak ocorre na noite de hoje.

"De acordo com a tradição budista, três importantes acontecimentos na vida de Sidarta Gautama – O Buda Shakyamuni – ocorreram na noite de lua cheia de Vesak: seu Nascimento, sua Iluminação e seu Parinirvana.

Um dos mais importantes festivais do Budismo – o Vesak – é celebrado na noite de lua cheia do mês de maio. Entre as mais variadas escolas budistas, a celebração consiste da apresentação dos ensinamentos do Buda; da contemplação de sua vida; de circunvoluções ao redor de lugares sagrados, imagens, monastérios; recitação de sutras e do banho na imagem do Menino Buda etc. O banhar a imagem do Menino Buda simboliza que também podemos purificar nossas mentes pelo exemplo e ensinamento do Buda. O significado dos festejos do Vesak está além de uma mera comemoração histórica; é inspiração para que cada pessoa vislumbre a possibilidade e a necessidade de despertar para a iluminação." (Site do Templo Zu Lai)

O Budismo se espalhou por vários países e várias culturas, portanto esta celebração ocorre hoje em muitos lugares do mundo, de formas diferentes.

Para o esoterismo, durante a Lua Cheia de Vesak os portais que nos separam dos seres iluminados estão abertos, sendo um momento propício para recebermos dádivas de luz.

Para a astrologia, na noite de hoje ocorre simultaneamente com a Lua de Vesak o alinhamento da Lua Cheia, da Terra e do Sol com a estrela Alcyone, uma das estrelas Plêiades que fica na constelação do Touro, marcando também um momento de iluminação para a humanidade.

A noite de hoje é uma noite de meditação e celebração, de se pedir por iluminação e dádivas e, para quem não acredita em nada disto, noite de se olhar uma LINDA LUA CHEIA!

quarta-feira, maio 14, 2008

Receita: Salmão com Cobertura de Batatas Crocantes

Jacques Pepin é o máximo! Sua técnica é impressionante, suas receitas imperdíveis. Tem vários livros publicados, em inglês, e já apresentou algumas séries de programas culinários na TV americana. Esta receita é do livro fantástico chamado "Julia and Jacques Cooking at Home", onde cada receita é apresentada como se fosse um desafio entre Jacques e Julia Child (uma chef inglesa), cada um respondendo com a sua versão própria.

Adoro esta receita porque é MUITO SIMPLES, sempre impressiona os convidados (ah, isto é importante) e é deliciosa! A cobertura de batatas crocantes em volta do salmão protege o peixe e evita que ele seque ou queime, de maneira que o filé fica perfeito sempre! Não tenha medo: esta receita é realmente fácil e rápida. Não precisa de nenhum preparativo anterior: faça na hora.

Salmão com Cobertura de Batatas Crocantes



Ingredientes:

(para 4 pessoas)
2 batatas grandes
4 filés de salmão
sal e pimenta preta
aneto (endro, dill) para temperar
3 colheres, de sopa, de óleo para cozinhar

Para o acompanhamento de tomates (coulis):
3 tomates, cortados em cubinhos
3 dentes de alho, cortados em fatias finas
3 colheres de sopa de óleo de oliva
sal
manjericão seco

Preparo:

Começe pelo coulis: doure as fatias de alho em uma frigideira, com o óleo, sem queimar. Acrescente os tomates, sal o manjericão a gosto. Cozinhe por alguns minutos, até o tomate amaciar sem desmanchar. Cubra e reserve enquanto prepara os filés.

Descasque as batatas, corte-as em fatias finíssimas com um fatiador de alimentos ou descascador de batatas.

Coloque 5 ou 6 fatias de batata em um prato, com as bordas sobrepostas. Coloque um filé de salmão sobre elas (você precisa usar batatas o suficiente apenas para cobrir toda a base do salmão. Faça isto com todos os filés.

Aqueça uma frigideira grande não-aderente, e coloque o óleo. Cuidadosamente, deslise os filés de salmão para a frigideira, mantendo a camada de batatas por baixo, sem desmanchá-la. Espalhe o aneto sobre os filés e cubra, cada um, com mais 5 ou 6 fatias de batata.

Se você tiver uma espátula grande, você pode arranjar cada filé de salmão com sobre as batatas diretamente na espátula, cobrindo com a outra camada de batatas ainda na espátula, e escorregar com cuidado este "sanduíche" para dentro da frigideira.

Frite por 5 minutos e, cuidadosamente, vire os filés com a espátula, cuidando para não desmanchar a cobertura de batatas. Frite por mais 5 minutos, até as batatas ficarem douradas.

Espalhe o coulis de tomates no prato em que for servir (uma travessa ou nos pratos individuais). Com as costas de uma colher, abra um espaço no meio do coulis e nele coloque o salmão pronto. Sirva imediatamente!

segunda-feira, maio 05, 2008

Receita de Risoto de Frango e Tomates Secos

Continuando a lista de risotos que pretendo publicar aqui, vou repetir abaixo várias dicas e comentários que publiquei antes pois continuam valendo. Risoto é sempre igual, depois que se aprende a técnica, variar o sabor fica fácil. E como toda técnica, basta treino.



Risoto de Frango e Tomates Secos


Dicas (de novo, as mesmas):

Risoto é um prato cheio de personalidade. Requer ingredientes corretos para atingir o ponto ideal. Os italianos prezam muito pela qualidade dos ingredientes, por isto sua culinária é tão rica. Além disto, o risoto precisa de toda sua atenção enquanto está cozinhando, perdendo a cremosidade se ficar parado muito tempo absorvendo os liquidos do cozimento. Portanto, traga seus convidados para a cozinha e não saia de perto da panela!

Ingredientes (4 pessoas):

1 colher, de sopa, de óleo de oliva
1 xícara de cebola picada em pedaços pequenos
2 dentes de alho esmagados
2 xícaras de arroz italiano arbório, sem lavar (nem tente substituir por arroz comum, não fica a
mesma coisa)
1 xícara de vinho branco
cerca de 6 xícaras de caldo de galinha quente
sal e pimenta preta moída na hora
1 xícara de queijo parmesão, o melhor possível, ralado na hora.
1 colher, de sopa, de manteiga
1 peito de frango cru, cortado em cubinhos
1/2 xícara de tomates secos, picados

Preparo:

Em uma frigideira, derreta a manteiga. Doure os cubos de frango, até cozinhar bem.

Aqueça o caldo de galinha e mantenha-o quente, em fogo baixo. Se você não tem caldo de galinha natural, pode desmanchar dois cubos de caldo de galinha em água fervente.

Coloque o óleo em uma panela funda e doure a cebola. Misture o alho, cozinhando por alguns
segundos. Misture o arroz, deixe-o fritar, mexendo sempre. Quando o arroz estiver ficando dourado, acrescente o vinho. Quando o arroz estiver quase seco, comece a acrescentar o caldo de galinha quente até cobri-lo. Baixe o fogo, tempere com um pouco de sal e prepare-se para ficar perto da panela e mexer vagarosa e quase constantemente a partir de agora.

Continue acrescentando o caldo de galinha, a medida que o arroz vai absorvendo-o. Depois de
cerca de 8 minutos de cozimento, acrescente o frango, já cozido e o tomate seco. Deglace a frigideira com um pouco de caldo, acrescente ao risoto.

O risoto está pronto quando o arroz tiver dobrado de volume e estiver suspenso em um líquido
cremoso. Experimente o arroz: deve estar "al dente".

Desligue o fogo e imediatamente misture metade do queijo parmesão com uma colher de madeira. Sirva imediatamente, com mais queijo parmesão e pimenta preta.

Dicas finais: (mais dicas?!)

Se você nunca fez risoto, provavelmente terá de fazer 2 ou 3 vezes até aprender o ponto correto
de cozimento. É assim mesmo! O vinho é sempre o primeiro líquido a ser acrescentado, pois será absorvido pelo arroz, que precisa de acidez para balançar o conteúdo de amido. O caldo de galinha precisa estar sempre quente, NUNCA frio, 3 vezes a quantidade de arroz.
O arroz precisa ser frito para criar uma "cápsula de tempo" - o amido será, então, solto aos poucos no líquido. O caldo acrescentado aos poucos também ajuda nesta liberação gradual do amido: é onde está o segredo da cremosidade deste prato.

quinta-feira, maio 01, 2008

Feliz Ano Novo!

Hoje é Samhain, dia de fogueira e celebração! Amanhã se inicia um Novo Ano Mágico para nós do hemisfério Sul. Que neste novo ano nossos desejos se tornem realidade!


quarta-feira, abril 23, 2008

Receita de Galetinhos Recheados


Os galetinhos utilizados nesta receita são frangos com 4 semanas de vida, bem pequenos. Você vai preparar 1 galetinho para cada pessoa. A maneira ideal de prepará-los é desossados, para que seus convidados não tenham trabalho na hora de comê-los! É fácil desossar um frango, requer apenas um pouco de treino. Se você não quiser desossá-los, pode utilizar esta receita para recheá-los inteiros.

O cozimento dos galetos é rápido: você pode preparar tudo com antecedência, deixá-los recheados e colocá-los no forno 40 minutos antes de servir.

Galetinhos Recheados


Ingredientes:

(4 pessoas)

4 galetinhos (de menos do que 1 kg, cada)
1 1/2 xícara de trigo para quibe
1 maçã, com casca e sem sementes, picada
2 ameixas picadas ou 1/2 xícara de cerejas frescas picadas
1 cebola, picada,
1 alho-poró, picado (apenas a parte branca e um pouco das folhas verdes)
2 dentes de alho, amassados
sal e pimenta do reino
2 colheres, de sopa, de óleo
barbante, para amarrar os galetos

Preparo:

Se você for desossar os galetos, faça isto antes de preparar o recheio. Se não for, limpe bem os galetos e retire a ponta de cada asa, cortando na primeira junta (no "cotovelo"). Salgue um pouco por dentro e por fora.

Misture o trigo para quibe em 4 xícaras de água morna. Deixe descansar por 1 hora, até que o trigo fique macio e aumente de volume. Escorra em um coador. Reserve.

Em uma frigideira grande, aqueça o óleo e doure a cebola e o alho-poró. Acrescente o alho, fritando rapidamente. Junte as frutas picadas, fritando mais um pouco. Acrescente o trigo para quibe, misturando bem. Retire do fogo, tempere com sal e pimenta do reino. Deixe esfriar um pouco.

Recheie os galetinhos. Se você for rechear o galeto desossado, coloque-o dentro de uma tigela ou jarra pequena, "de cabeça para baixo" com as pernas para fora, para facilitar a colocação do recheio.

Depois de recheado, cruze as pernas de cada galeto e amarre-as juntas com um barbante comprido. Passe o barbante pela lateral do galeto, juntando as duas pontas no local do pescoço. Amarre neste ponto, apertando um pouco para que o galeto mantenha sua forma (se estiver desossado). Corte as pontas do barbante.

Coloque os galetos em uma fôrma grande, untada (de preferência anti-aderente).

Leve ao forno alto, por 30 a 40 minutos, até que a superfície dos galetos fique dourada.

Retire, com cuidado, os galetos da fôrma. Corte os barbantes e remova-os. Coloque os galetos em uma travessa para servir. Coloque a fôrma sobre o fogo do fogão, despeje 1 xícara de água. Deixe ferver. Com uma espátula de madeira, raspe bem o fundo da fôrma enquanto a água ferve e reduz um pouco. Irá se formar um molho escuro. Passe este molho pelo coador e sirva-o sobre os galetos.

segunda-feira, abril 14, 2008

Salada Crocante

Não sei a origem desta receita, foi minha mãe quem me passou e, quando vem dela, pode ter vindo de qualquer lugar... Parece que é uma salada da Califórnia, o que pode ser verdade porque lembra as saladas de couve americanas, com molho adocicado. Só comendo prá saber como é deliciosa! Sugiro acompanhar com uma salada de alfaces. Rende muito, receita boa prá dias de festa, e pode ser guardada na geladeira por 3 a 4 dias. Vai ficando melhor com o tempo... faça com sobra!


Salada Crocante
(serve 6 a 8 pessoas)

Ingredientes

Para a salada:
1 repolho médio (verde, nem tente com repolho roxo) fatiado muito fino (fatiado no processador de alimentos é o ideal)
3/4 de xícara de cebolinha verde, picada
3/4 de xícara de salsinha, picada
1/2 xícara de gergelim
3/4 de xícara de nozes, picadas (pode ser mais, se quiser)
2 pacotes (160 g) de macarrão instantâneo crú esmigalhados (tipo "miojo")

Para o molho:
1/2 xícara de azeite
1/2 xícara de óleo de milho ou canola
1/3 de xícara de açúcar
1/3 de xícara de vinagre de arroz (ou de álcool)
2 colheres, de chá, de sal

Preparo:

Misturar os ingredientes da salada, menos o macarrão. Misturar bem os ingredientes do molho em uma tigela, despejar sobre a salada e mesclar muito bem. Por último, acrescentar o macarrão esmigalhado.

Dica: o macarrão ideal é o que vem em pequenos pacotes, pois ele é mais fino do que aquele vendido em pacote de 500 g.

terça-feira, março 11, 2008

Esta é a minha Maya

C'est écrit

(Francis Cabrel, R.Secco, M.Françoise,1989)

Elle te fera changer la course des nuages,
Balayer tes projets, vieillir bien avant l'âge,
Tu la perdras cent fois dans les vapeurs des ports,
C'est écrit...
Elle rentrera blessée dans les parfums d'un autre,
Tu t'entendras hurler "que les diables l'emportent"
Elle voudra que tu pardonnes, et tu pardonneras,
C'est écrit...
Elle n'en sort plus de ta mémoire
Ni la nuit, ni le jour,
Elle danse derrière les brouillards
Et toi, tu cherches et tu cours.
Tu prieras jusqu'aux heures ou personne n'écoute,
Tu videras tous les bars qu'elle mettra sur ta route,
T'en passeras des nuits à regarder dehors.
C'est écrit...
Elle n'en sort plus de ta mémoire
Ni la nuit, ni le jour,
Elle danse derrière les brouillards
Et toi, tu cherches et tu cours,
Mais y a pas d'amours sans histoires.
Et tu rêves, tu rêves...
Qu'est-ce qu'elle aime, qu'est-ce qu'elle veut ?
Et ses ombres qu'elle te dessine autour des yeux ?
Qu'est-ce qu'elle aime ?
Qu'est-ce qu'elle rêve, qui elle voit ?
Et ces cordes qu'elle t'enroule autour des bras ?
Qu'est-ce qu'elle aime ?
Je t'écouterai me dire ses soupirs, ses dentelles,
Qu'à bien y réfléchir, elle n'est plus vraiment belle,
Que t'es déjà passé par des moments plus forts,
Depuis...
Elle n'en sort plus de ta mémoire
Ni la nuit, ni le jour,
Elle danse derrière les brouillards
Et toi, tu cherches et tu cours,
Mais y a pas d'amours sans histoires.
Oh tu rêves, tu rêves...
Elle n'en sort plus de ta mémoire
Elle danse derrière les brouillards
Et moi j'ai vécu la même histoire
Depuis je compte les jours...
Depuis je compte les jours...
Depuis je compte les jours...

quinta-feira, março 06, 2008

Mahashivaratri


Feliz Mahashivaratri!

Om Namah Shivaya

http://www.mahashivratri.org/

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Bissexto

Do Quiroga, hoje que é 29 de fevereiro:

"Hoje é um dia invulgar, e você? Será igual a sempre?"

Ah... eu que sou mutante não suporto o que fica sempre igual.


quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Manjar dos Deuses

Meu amigo Oliver Pickwick, personagem mitológico que me visita com frequência, me pede uma receita de Ambrosia! Minhas mais doces lembranças de infância são relacionadas com ambrosia, que era meu doce predileto e que minha bisavó (mais conhecida como "Dinda") fazia em grandes vidros para nos presentear. Na verdade, era tanta que nunca conseguíamos comer o vidro inteiro. Ela usava muito cravo e canela em tudo o que fazia, mas eu diria que a quantidade destas especiarias na ambrosia é opcional.

Ambrosia era o manjar dos deuses do Olimpo. Segundo a mitologia grega, se um mortal a comesse, ganharia a imortalidade. Conta a história, que quando os deuses o ofereciam a algum humano, este, ao experimentá-lo, sentia uma sensação de extrema felicidade. A ambrosia é uma sobremesa tradicional portuguesa, mas também um doce muito saboreado em Minas Gerais e muito popular no Rio Grande do Sul. A receita tem variações regionais, desconfio que meu querido Mr. Pickwick procura a receita mineira. Como sou gaúcha fanática, publico a receita da Dinda, juntamente com a mineira.

Receita de Ambrosia da Dinda - Gaúcha
(feita na calda de açúcar)

Ingredientes:
1 kg de açúcar
2 xícaras de água
1 litro de leite
12 ovos
1 limão pequeno
cravo e canela em pau, à gosto

Preparo:
Fazer uma calda com o açúcar e a água. Misturar o cravo e canela. Bater os ovos, à mão, e misturar com o leite e com o suco do limão. Despejar esta mistura na calda fervente. Não mexer até levantar fervura. Deixar ferver até que a calda fique clarinha, mexendo de vez em quando com uma escumadeira, ligeiramente apenas para que os grumos da ambrosia não fiquem muito pequenos.

Deixar esfriar e transferir para um vidro. Servir gelado.

(no sul, não servimos com queijo branco)

Ambrosia à Mineira
(feita no leite)

Ingredientes:
5 litros de leite
3 xícaras de açúcar
5 pauzinhos de canela
5 ovos
canela em pó (opcional)

Preparo:
Ferva o leite em uma panela grande e de borda larga. Acrescente o açúcar e mexa sempre, até levantar fervura. Baixe o fogo e deixe ir secando vagarosamente, durante três horas.

Quando a mistura começar a engrossar e a ficar morena, acrescente a canela. Bata as claras em neve, junte as gemas e bata por mais cinco minutos. Despeje sobre o leite fervendo, sem mexer, e deixe cozinhar durante mais cinco minutos.

Corte em cruz, descole das bordas da panela e vire cada pedaço, com cuidado para não quebrar. Deixe cozinhar cerca de quarenta minutos.

Despeje em compoteira funda. Sirva gelada e polvilhe canela, se quiser.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Receita de Risoto al Funghi


Risoto al Funghi

Dicas:

Risoto é um prato cheio de personalidade. Requer ingredientes corretos para atingir o ponto ideal. Os italianos prezam muito pela qualidade dos ingredientes, por isto sua culinária é tão rica. Além disto, o risoto precisa de toda sua atenção enquanto está cozinhando, perdendo a cremosidade se ficar parado muito tempo absorvendo os liquidos do cozimento. Portanto, traga seus convidados para a cozinha e não saia de perto da panela!

Ingredientes (para 4 pessoas):

4 xícaras de cogumelos de tipos variados, frescos e/ou secos hidratados
algumas colheres de sopa de óleo de oliva
1 xícara de cebola picada em pedaços pequenos

2 dentes de alho esmagados
2 xícaras de arroz italiano arbório, sem lavar (nem tente substituir por arroz comum, não fica a mesma coisa)
1 xícara de vinho branco
cerca de 6 xícaras de caldo de galinha quente
sal e pimenta preta moída na hora
3 colheres de sopa de manteiga
1 xícara de queijo parmesão, o melhor possível, ralado na hora.

Preparo:

1) Limpe os cogumelos com água e seque bem. Corte em pedaços médios. Coloque um pouco do óleo em uma frigideira e, depois de aquecido, coloque os cogumelos e sal. Deixe dourar por 5 minutos ou até o líquido evaporar.

2) Aqueça o caldo de galinha e mantenha-o quente, em fogo baixo. Se você não tem caldo de galinha feito em casa, pode desmanchar dois cubos de caldo de galinha em água fervente.

3) Coloque o restante do óleo em uma panela funda e doure a cebola. Misture o alho, cozinhando por alguns segundos. Misture o arroz, deixe-o fritar, mexendo sempre. Quando o arroz estiver ficando dourado, acrescente o vinho. Quando o arroz estiver quase seco, comece a acrescentar o caldo de galinha quente até cobri-lo. Baixe o fogo, tempere com um pouco de sal e prepare-se para ficar perto da panela e mexer vagarosa e quase constantemente a partir de agora.

4) Continue acrescentando o caldo de galinha, a medida que o arroz vai absorvendo-o. Depois de cerca de 8 minutos de cozimento, acrescente os cogumelos já cozidos. Deglace a frigideira com um pouco de caldo, acrescente ao risoto.

5) O risoto está pronto quando o arroz tiver dobrado de volume e estiver suspenso em um líquido cremoso, colorido pelos cogumelos. Experimente o arroz: deve estar "al dente".

6) Desligue o fogo e imediatamente misture a manteiga e metade do queijo parmesão com uma colher de madeira. Sirva imediatamente, com mais queijo parmesão e pimenta preta.

Dicas finais: (mais dicas?!)

Se você nunca fez risoto, provavelmente terá de fazer 2 ou 3 vezes até aprender o ponto correto de cozimento. É assim mesmo!

O vinho é sempre o primeiro líquido a ser acrescentado, pois será absorvido pelo arroz, que precisa de acidez para balançar o conteúdo de amido. O caldo de galinha precisa estar sempre quente, NUNCA frio, 3 vezes a quantidade de arroz.

O arroz precisa ser frito para criar uma "cápsula de tempo" - o amido será, então, solto aos poucos no líquido. O caldo acrescentado aos poucos também ajuda nesta liberação gradual do amido: é onde está o segredo da cremosidade deste prato.

Receita da chef Lidia Bastianich, restaurante Filidia, Nova Iorque.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Abaixo o Power Point!!!

Este é um desabafo: ultimamente tenho recebido uma tonelada de mensagens com arquivos "powerpoint" anexados. Minha resolução para 2008 é desinstalar o maldito programa Power Point da minha máquina!

Confesso que fico irritada com a impessoalidade destas mensagens, em ser apenas um "CC:" em uma lista de nomes, cujo remetente já nem se lembra direito quais são as pessoas que contém...

Um fato curioso é que enviar PowerPoint é um comportamento tipicamente feminino! Isto, sou eu quem diz, baseada em minha própria experiência. Observei que meus amigos homens nunca mandam e, perguntando por aí, vi que outras pessoas confirmam: não recebem PowerPoint de homens. O que isto quer dizer? As mulheres não estão querendo papo?

Amigas com quem não falo há séculos me escrevem todos os dias, mandando estes arquivos.

O pior: recebo várias vezes o mesmo arquivo, até vindo da mesma pessoa, que já esqueceu que mandou no dia anterior. E se eu e esta pessoa fazemos parte da mesma lista de uma terceira pessoa, daí sim: fica um troca-troca de arquivos iguais de lá prá cá! Muita gente repassa a mensagem sem nem lê-la, ou sem pensar: muita coisa errada ou absurda tem circulado na internet por causa disto. O pior são os "alertas" de "utilidade pública": somos avisados de novos tipos de assalto, de golpes, de doenças incuráveis, de comportamentos perigosos, de novas multas de trânsito, de atrocidades que podem nos acontecer. Mensagens piores do que os noticiários das 8.

Existe um senso de falta de responsabilidade no comportamento na net. É tão fácil se passar um e-mail que a maioria das pessoas não pensa no que está fazendo. Não se dá conta em quantos recursos computacionais, de banda de internet, de máquina, de pessoas, de energia elétrica é gasto se passando mensagens, muitas vezes, inúteis. Já li, há anos, alguém falando que devemos ser ecológicos também na internet, no sentido de se aproveitar os recursos com sabedoria. A virtualidade da net é uma ilusão, na verdade ela é muito concreta. Custa dinheiro e recursos de alguém, sempre. Em geral, o nosso...

Mas o que mais me incomoda é a superficialidade em que as amizades estão se mantendo. Eu quero notícias das pessoas que gosto. Quero falar de mim, quero falar coisas sérias e abobrinhas, quero trocar receitas, quero saber dos filhos, namorados, maridos, pais, gatos e, tá bom: cachorros também! Mas quero falar com minhas amigas, por e-mail! Ou seja, quero me relacionar com as pessoas. Então, minhas amigas que estejam lendo isto: este desabafo é uma declaração de amizade, certo?

Então deixo aqui registrada a minha intenção de nunca mais instalar PowerPoint no meu computador. Para a grande maioria das pessoas, é um programa completamente inútil pois não foi feito prá se andar anexado em e-mail (assim como o Word também não é prá isto!!!) Então, não preciso dele.

Em primeiro lugar porque odeio a Microsoft (a humanidade estaria bem melhor sem a "cultura Microsoft" de se fazer qualquer porcaria, cobrar e depois se ir consertando aos pouquinhos, até a hora de se comprar uma nova porcaria). Em segundo lugar, porque não gosto de porcaria, sou usuária de Macintosh e não preciso da Microsoft prá nada há anos e anos.

Já não leio estas mensagens com arquivos anexos, há algum tempo. Me dei conta de que não preciso, posso simplesmente apagar estas mensagens genéricas sem ler, o remetente nem escreve depois perguntando se gostei ou comentando o porquê de ter me mandado tal assunto (não é estranho?). Daí, comecei a apagar dezenas de mensagens por dia, sem ler. Hoje, me libertei: arranquei o PowerPoint da minha máquina e me senti renovada!

Se todo mundo fizesse o mesmo...

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Receita de Croque de Atum com Maionese de Wasabi

Já que estamos batendo-papo, a receita que o Gom colocou me lembrou de uma outra, também deliciosa e surpreendente. (Esta receita é do maravilhoso "Cooking with David Burke". A foto é minha.)



Croque de Atum com Maionese de Wasabi

"Croque" vem do nome do famoso "croque-monsieur" que é um sanduíche de presunto e queijo frito na manteiga até ficar crocante por fora. Esta receita é uma variação do croque-monsieur, mas com um recheio totalmente inusitado e diferente: atum fresco e maionese feita com wasabi!

Você pode fritar os croques e depois cortá-los em 4, obtendo pequenos croques que podem ser servidos como aperitivos.

Ingredientes:

(para 4 sanduíches)

2 colheres, de sopa, de água
2 colheres, de sopa, de wasabi em pó (raiz-forte japonesa)
1 gema de ovo
1/2 xícara de óleo com gengibre (veja abaixo como fazer)
8 fatias de pão branco de sanduíche, sem casca
200 g de atum fresco (lombo de atum) cortado em fatias
sal e pimenta-do-reino
mais óleo com gengibre para fritar

Óleo com gengibre
1/2 de xícara de gengibre ralado
1 e 1/2 xícara de óleo de oliva (não use o virgem nem o extra-virgem pois não são apropriados para fritura e têm sabor muito marcante)
sal e pimenta-do-reino

Preparo:

Óleo com gengibre:
Misture o gengibre, óleo e temperos. Leve ao fogo em uma panelinha e deixe ferver em fogo baixo por 5 minutos. Deixe esfriar completamente antes de preparar a maionese.

Croque:
Em uma pequena tigela, misture o pó de wasabi com a água. Junte a gema de ovo e bata bem, com um batedor de arame. Aos poucos, misture a 1/2 xícara de óleo com gengibre, até obter uma maionese.

Espalhe a maionese de wasabi nas fatias de pão.

Coloque as fatias de atum sobre as fatias de pão. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Cubra cada sanduíche com outra fatia de pão, obtendo 8 sanduíches.

Em uma frigideira não-aderente, aqueça o restante do óleo de gengibre preparado. Doure os sanduíches, por 2 ou 3 minutos de cada lado (virando apenas uma vez). Não cozinhe demais. O atum deve ficar mal-cozido ou até cru no centro.

Remova os sanduíches usando uma espátula e escorra-os em papel-toalha. Sirva imediatamente.

domingo, janeiro 20, 2008

Mozzarella na Carrozza

Se gastronomia é mais do que sabores e aromas, também uma arte para encher os olhos, nada mais natural que reservar um lugar especial para Nigella Lawson, a coisa mais bonita que surgiu na culinária nas últimas décadas. Pois minha última experiência na cozinha foi experimentando uma receita que vi em um de seus livros, Nigella Bites. Poucas coisas podem ser tão simples, mas ao mesmo tempo, ao menos para mim, tão delicadas de se preparar. Como fazer para o resultado final não parecer uma esponja que passou a noite em uma piscina com óleo?

Mais simples, impossível: algumas fatias de pão branco, mozzarella, um ou dois ovos batidos com sal e pimenta, leite e farinha de trigo. Monte sanduíches com generosas porções de mozzarella tendo o cuidado de manter o queijo no centro. Mergulhe rapidamente o sanduíche no leite, procurando apertar as bordas, fazendo com que a massa do pão envolva a mozzarella. Um mergulho na farinha, outro no ovo batido e daí direto para a frigideira. Quando se formar aquela bonita crosta dourada, providenciar uma rápida passada pelo papel toalha antes de servir. A carrozza para a foto é aquela em que a mozzarella está tentando escapar.

Onde está a ciência da coisa? Em deixar as carrozzas o mais secas possível. Há três fatores importantes, a meu ver: 1) O leite no pão. Eterna rivalidade, água e óleo não se misturam. Onde um está, o outro não vai. 2) A crosta de farinha e ovo que, em tese, deveria rapidamente blindar o sanduíche da pegajosa maré invasora. 3) E, finalmente, como sempre, a temperatura do óleo. Mas neste caso desconfio que não seja tão determinante, como é quando se frita batatas palito imersas ou pastéis. Não acho aconselhável mergulhar os sanduíches, por isso óleo só o suficiente para cobrir o fundo da frigideira. Se estiver quente demais, além disso, haverá problemas quando aquela massa cheia de líquidos for mergulhada. Tem faxineira no dia seguinte?

Minhas carrozzas ficaram leves, não obstante todos os meus receios. Usei óleo de canola e não azeite de oliva, como sugerido pela Nigella. O da marca Purilev parece o quarto estado da água, quase insípido.

Fácil inventar sobre o tema. Um pedacinho de presunto de parma, outros queijos... Quem sabe um pedacinho de tomate? Acompanhou um chadornaay chileno "de supermercado". Por que um chadornaay? Para os que possam imaginar que tenho um lado Renato Machado, é bom dizer logo que com o calor do verão aqui de Porto Alegre só dá para se beber algo que possa estar muito gelado. Acho que o ideal para acompanhar estas carrozzas é uma cerveja quase congelando.

Abraços!

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Ainda sobre limão salgado

Uma chef me perguntou se os limões sicilianos são "aqueles amarelos". São sim. Amarelos e maiores que os tipo taiti.
Para quem ficou curioso com o carpaccio de shitake, nada como conferir com o próprio mestre:

http://www.claudetroisgros.com.br/receitas.htm